Os fragmentos que constituem o corpo narrativo de Até Amanhã, de António Murteira, são (…) epígrafes memorialísticas que se pretendem inscritas numa determinada realidade, transcendendo-a para se assumirem como incisivas denúncias de um tempo e das suas alegorias, dos seus imaginários, dos seus percursos, apontamentos críticos de uma realidade que se construiu a mãos ambas, sobre linimentos de um tempo de êxtases, de paixões, de entregas: um tempo sobre o qual o autor reflecte e dele assume os medos, os assombros, a entrega. (à) Há nesta escrita, atravessada por uma poética de grande qualidade metafórica, de íntimos rumores, uma fala orgânica que se vai adensando na medida em que esse exercício evolui e uniformiza. O autor como que busca um interlocutor, um cúmplice para que o diálogo que estes textos procuram, se estabeleça.
- Titulo: ATÉ AMANHÃ – EM LAETOLI NO ALENTEJO NUMA LUA
- Autor: Murteira, António
- Editora: EDIÇOES COLIBRI
- Idioma: Português
- Capa: OTRO FORMATO LIBRO
- Ano de edição: 2010
- Assunto: LIBROS > LITERATURA
- ISBN: 9789727729616